sexta-feira, outubro 27, 2006

o preço do acaso

Eu não escolhi ficar viciado em cigarro quando comecei a fumar. pra alguns essa sentença era muito clara desde as minhas primeiras tragadas, pena que para mim não fosse tão óbvio.
Eu também não escolhi o que ia escrever aqui, eu nunca escolho. Eu "logo" e começo a escrever o que me dá na telha, gosto de improvisar e me sinto vítima do acaso. Aliás, me sinto devedor dele.
Deixo a vida me levar, mas é sério, eu deixo mesmo. Não só pórque acho linda a poesia, mas principalmente porque reconheço o acaso como força divina, isso pois eu acredito em física, metafísica, espiritualidade e também em ceticismo.
Porque eu nasci no lugar onde nasci e porque hoje estou aqui.
É o preço que pago por estar aqui, no mesmo lugar que todos vocês.
Somos todos tão humanos, tão limitados, tadinhos de nós, tão presos as coisas pequenas da vida. E as coisas grandes, puta que pariu, nenhum de nós decide. Um dia desses passou uma onda ENORME por cima da Indonésia, o máximo que o papa ou o George Bush puderam fazer foi dizer "putz".
Qualquer hora dessas é você que pode estar pegando jacaré no tsunami. Quero ver em quem você vai se agarrar.