quinta-feira, novembro 30, 2006

postagem 236

esta é a 236ª merda escrita neste blog.
meu não sei qual ordinário número texto sobre nada em minha busca por algo.
a vida é um completo vazio. tudo que pode preencher um pouco deste vazio, mesmo as preciosas pequenas coisas só me fazem pensar no quanto o tudo é vazio, é nada.
somos todos nada. percebam como tudo que somos e fazemos pode ser aniquilado com um simples "e daí?".
somos todos animais. não existe religião, filosofia, ideologia, vingança, egoismo. e se existem por que ainda assim existe esse vazio?
o vazio é impressionante; a luz precisa das trevas, mas ele (o vazio) não precisa do cheio. talvez o cheio não exista.
deve ser por isso esse vazio todo. porque escutamos palavras vazias, ditas da boca pra fora, e nós as repetimos, adaptamos, chegamos até a criar as nossas. contudo elas continuam sendo vazias e nós continuamos sendo só animais irracionais.
irracionais e sonhadores, aqui estamos todos nós, aprisionados numa patifaria, numa piada que algum idiota contou. lá vou eu tentar explicar.

Ser humano: espécie exótica de mamífero, como todos os outros ele caça, se alimenta, fode, reproduz, caga, cai, levanta. a diferença é que ele se acha diferente, se pensa pensante. ele acredita em quantos deuses a humanidade puder inventar, ama as artes, a boa mesa, as cores e os sentimentos. ele criou várias literaturas, várias ciencias e filosofias. mas ainda caga, fode, bebe, come como todos os outros. ele inventa artificios que não necessita. céus, onde essa civilização vai chegar?

porra, eu preferia ser uma abelha, tá certo q deve ser bizarro morrer nas "garras" do predador de uma abelha ou ser degolado e deglutido pela minha rainha após um rápido entra e sai nos corredores da colméia, mas ainda assim tudo me parece mais racional.

as abelhas estão simplesmente cagando, fudendo, reproduzindo, fazendo mel. ponto final e continuativo ao mesmo tempo. elas não enfeitam suas vidas com cinema, divorcio, capitalismo, anarquia.

fim do meu resumo sobre ser humano, ele é tão podre que, dentre os mamíferos, tem sido o mais apto na prática de pederastia.

quarta-feira, novembro 15, 2006

da série boas desculpas

Gosto desse blog ter postagens pouco frequentes, apesar de as vezes prometer a algumas pessoas e a mim mesmo escrever diariamente. Deve ser porque eu acho que nós gostamos das mentiras, se elas trouxerem felicidade. Enfim, acho que o pouco uso desse espaço é importante para o contexto "mentes opacas" de ser desse bloguio. (alguém percebeu que eu não repeti a terceira palavra desse parágrafo?)
Hoje quero falar sobre várias coisas, felizmente alguns assuntos serão poupados e os leitores serão poupados deles (os assuntos), sem medo de ser repetitivo.
Acho que não ser repetitivo seria uma melhoria em mim, mas discordo que sê-lo torne-me "pior" que alguém. As aspas nesse caso se devem aos milhares de sentidos e interpretações que pode ter a palavra "pior".
Minhas qualidades não tornam-me melhor que ninguém, nem mais importante. É claro que as vezes elas me enchem de soberba e me levam a extremos, mas, e daí?. Estou no mundo pelas minhas imperfeições também, tenho tanto direito de errar quanto todos. Sou o nazista, o facínora, o mendigo, o imundo, o estuprador, o viado, o preto, o pobre, o justo, o belo, o bom, o médico, o herói, o Presidente da República, o Papa, o Buda.
Repito, somos todos iguais, e temos o mesmo direito de errar, e isso vale pros meus erros gramaticais. Seremos eternamente linxados pelas nossas opiniões, nossos preconceitos. E pelos dos outros também. Mas isso é lindo, é democrático. Isso se aplica a todos, como a vida e a morte. É o tal do provérbio chinês (ou será que algum brasileiro travesso inventou isso?) "Você escolhe o que planta, mas não o que colhe. Entendam se quiserem/puderem, mas batatas podem vir de qualquer jeito, boas, ruins, até doces.
Vocês, meus leitores e semelhantes, são tão parecidos comigo que duvido até que alguém compreenda na íntegra essa merda que estou dizendo. Eu não os compreendo quase nunca e a quase nenhum de vocês. Mas ainda assim os amo, amigos, não tão amigos e inimigos e só cada um de nós pode dizer o que há de hipócrita em minhas palavras, pois elas são de todos nós. Eu sou de vós. Vós sois meus. Patéticos irmãos.
Não quero mendigar compreensão, deixo esse texto para as gerações futuras. Vou salvar pro caso do blogger.com me sabotar. Salvem também pro caso de mais alguém me sabotar.
Até a próxima aos que sobreviverem.