domingo, agosto 13, 2006

essa porra desse blog morreu?

Fato é que a linguagem, produto do nosso pensamento, e,

ainda, indispensável para a formação deste, distorce

aquilo que tentamos demonstrar, mas oh, cruel destino que

a tornou nosso meio de comunicação.
Existem milhões de formas de dizer a uma pessoa o quanto

ela é importante para você. Algumas formas são apreciadas

por muita gente, e quando isso ocorre, chamamos de arte.
Ao meu ver, a arte nada mais é que a sublimação do amor,

na forma mais pura. É o sentimento crú, sem censura, sem

represália.
Dizem que a vida imita a arte, e dizem também que a arte

imita a vida. Eu digo que a arte e a vida se completam. A

nossa vida seria muito sem graça se não existisse aquela

música, aquele quadro, aquela escultura, aquela poesia

para nos mover, tirar-nos um pouco do centro e sentir,

simplesmente pelo sentir. E me agrada muito poder sentir

um pouco do que o autor daquilo sentiu, compartilhar um

pouco da beleza que ele passou, do amor, do ódio, enfim.

Esse elo é especial e único, do autor para cada um

daqueles que apreciarem sua arte.
A arte sem a vida seria nada mais do que um quadro sem

moldura. É bom devanear, mas infelizmente o mundo não pára

quando ficamos perdidos em sonhos, sentimentos. Temos as

nossos próprios sentimentos a sentir, a compartilhar, seja

lá como.
Eu, infelizmente, não sou boa artista. Minhas letras de

música, melodias, desenhos, pinturas, enfim, chegam no

máximo, ao razoável. Justamente por isso faço uso da

linguagem, traiçoeira como só ela pode ser, quando

tentamos demonstrar algo. Ela tem o infinito poder de

distorcer, e como não sou advogada, detesto essa sua

peculiaridade.
Eis então as limitações que tenho para dizer o quanto as

pessoas me são importantes. Verbos como o Amar nunca

refletem o tamanho real do sentimento, simplesmente porque

uma palavra que ocupa um espaço pífio numa folha não pode

se equiparar ao que o coração grita.