O desconcerto do mundo.

É uma sensação estranha acompanhar a queima de fogos em Copacabana aqui de Alagoinhas - Ba.
Passados nove minutos após o início da celebração, ainda faltam cinquenta e um minutos para que seu motivo seja fato concreto aqui por essas bandas.
Alguém dispara rojões por aqui. Penso que deve ser algum brasiliense saudosista exilado. Ou um otário recebendo uma peça de seu mal criado relógio.
Talvez seja a última besteira que eu venha a pensar esse ano, difícil saber. Apenas foi divertido pensar isso.
De todo modo, me sinto excluído. Isso me faz pensar que digo coisas do futuro a meus amigos que estão virtualmente uma hora a frente.
Não adiantaria culpar Brasília, não por sermos pobres e outros serem ricos, não pelo meu estado se abster do direito de comemorar junto o ano novo, não por não conseguirmos as coisas que pessoas menos dignas e/ou meritórias as vezes conseguem com facilidade.

Sinceramente, pra que por a culpa em alguém?

O mundo anda desconcertado.

(Concluido em dez minutos, ao som de pearl jam, the smiths e vozes interiores.)